"Eis que o semeador saiu a semear.
E quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na;
E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda;
Mas vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz.
E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, e sufocaram-na.
E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça".
(Mateus, XIII, 3 a 9).
Sabe que esta é uma das passagens de que mais gosto. Desde que eu me propus à Reforma Íntima, Acho qu'esta parábola se tornou o meu norte. Quantas vezes me senti como sementes que pássaros devoraram. Não quaisquer pássaros, mais os verdadeiros abutres que cuidei com zelo e paixão: minhas 'ignorâncias'. A ignorância de não escutar, a ignorância de jactar o meu próprio 'ego', a ignorância de até mesmo ignorar!
Mesmo que eu tivesse boas intenções, sentia o espinho da minha não-empatia a afastar-me da compreenção de tempo. Devia ter percebido que a todos há a hora certa: nem antes, nem depois. No momento de Deus.
Hoje percebo qu'eu posso construir mais quanto reflito. Quanto ouço para ouvir - não só as palavras - mas o coração d'outrem, o meu próprio.
Sinto que agora há algo brotando dentro de mim; algo qu'eu vou cuidar para que cresça, algo que eu vou nutrir com os minhas mais sublimes qualidades e proteger dos meus mais perversos demônios.
Seu nome? Solidariedade
0 comments:
Postar um comentário