Thierrie Magno

@psi.thierriemagno
Eternos são os laços que criamos n'alma
About Me
Amante da Literatura, caminho pela Psicanálise, pela Psicologia e pelo Amor.

domingo, 21 de abril de 2024



Para todos que estão sofrendo hoje porque alguém que você amava se foi de sua vida - quer essa pessoa tenha falecido ou apenas tenha saído de sua vida - lembre-se: sua vida é melhor por conhecê-la, mesmo que ela não possa estar mais com você

quarta-feira, 20 de março de 2024

 

Escrever sobre si mesmo e para si mesmo pode ser uma forma poderosa de expressão e reflexão, pois nos permite divagar sobre questões que, na vida diária e ultra tumultuada, não é permitido, pelas responsabilidades de estudar, trabalhar, cozinhar, respirar. Mas, também é importante que os leitores entendam a intenção por trás do que você escreve e respeitem o seu espaço criativo, embora não haja nada que diga nessas linhas horrorosamente escritas que o texto deva agradá-los. O Texto é, primeiramente, para mim, sobre mim.  Os leitores são Voyeurs que podem ser agradados, ou não.

É interessante perceber que, quando você usa sua escrita de forma consciente e com um propósito específico para agradar os outros, ela se torna um produto, como uma coca-cola, ou um doritos uma marca MUITAS VEZES SEM ALMA, E SEM CORAÇÃO, porém diários não são assim. 

[E isso aqui é um diário, com postagens aleatórias, com uma lógica paradoxalmente incoerente.]

A abordagem de assumir um ponto de vista deturpado e tendencioso, singular e ácido pode ser muito eficaz para transmitir minhas ideias e experiências de forma única e envolvente, pois as vivo através da minha linda subjetividade

Sim, eu uso a minha escrita de forma provocativa e deliberada para criar uma experiência sem ser específica para mim, mesmo que isso possa gerar desconforto em algumas pessoas, eu gosto de olhar para o passado e pensar no presente como se esses fossem obras de arte: não estarei relatando o real, o concreto. Estarei expondo minha verdade Subjetiva, mergulhada em  metáforas, analogias, sinestesias.... É interessante como a linguagem e a forma como escolho retratar as coisas podem impactar a maneira como minha mensagem é recebida.

Essa dualidade entre a importância que damos aos nossos problemas em diferentes contextos é interessante. Parece que eu encontro um espaço para explorar e dar voz às minhas preocupações e experiências de uma forma que é significativa . Essa abordagem pode ser uma forma válida de auto-expressão e autoconhecimento.

 


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024


"Que fez e faz história
Segurando esse país no braço, mermão
O cabra aqui não se sente revoltado
Porque o revólver já está engatilhado"

A Carne - por Elza Soares



   Apaixonei-me pelo Rio. Fato. Poderia terminar o texto aqui, pois a paixão a que relutei por anos, agora se me apresenta indissolúvel. Poderia, detalhadamente, contar todas as experiências maravilhosas que tive nessa cidade linda. Poderia rir com você sobre cada cachalote, tombo vivência que tive nas suas praias, especialmente em Copacabana.

Mas algo não me foge a perguntar, não me deixa numa neutralidade a que tanto anseio, mas nunca me foi possibilitada. Então, reflito. Logo, associo não livremente como Freud gostaria que eu fizesse. Não. Reflito com um norte Teórico, baseado em luta, baseado em sofrimento...  

E a palavra que iniciou esse texto é também parte da discussão. Sou da hermenêutica e a ela retorno inúmeras vezes.
Paixão origina-se do latim passio(-nis), e significa  amor intenso  sofrimento , já que atesta aquele estado de excitação automática, de euforia psicossomática, de conexão intensa que uma pessoa possa estar.
Mas, ainda sim, é sofrimento.
E, ao percorrer as praias, deparei com essa imagem. Na frente, a Máscara branca [Frantz] Fanônica, de uma sociedade que quer impressionar com uma engenharia linda e bem feita para pessoas  brancas  ou ricas    brancas e ricas, enquanto, atrás desses mesmos edifícios, há uma engenharia rudimentar destinadas às pessoas negras e pobres. Um dualismo, um paradoxo. Porém essa estética denunciadora de [falta ou excesso de] acessos, de economias expressamente discordantes, me permite enxergar as especificidades atravessadoras dos sujeitos. Todos eles.
Pois, na base, na praia, todos interagem.
O Turista gringo ou não  consome e quer ser atendido.
O trabalhador busca trabalho oportunidade de ganhar dinheiro.
Servo e Servido.
E todos são/estão tão acostumados a essa dinâmica, que percebo que tudo se naturaliza. 
O pseudo-lugares sociais se naturalizam.
Mas, ainda é paixão. É sofrimento, em meio a essa alegria, é dificuldade em meio a essa batalha diária que é viver.
Os pobres trabalhadores vendem de tudo: do camarão frito às caixas de som em USB. Tudo é comercializável, inclusive sua força de trabalho, mas essa tem um tempero forte, um sabor mais ácido: é pouco valorizada, é mal paga.
Arrastam-se por toda Copacabana, por todo o Leme, esses que buscam dos "visitantes", dos moradores da elite (?). Tudo se faz nas máscaras que escondem as dores, as concessões, a piedade dissimulada, pois mascaram-se as lágrimas de todo dia.
E os servidos creem que estão "ajudando" que estão mudando a vida das pessoas como se fossem algum tipo de Messias coletivo, prometidos que ninguém prometeu, como diria Renato Russo, pois Mascaram-se os preconceitos de todo dia.
Mascaram-se, todo dia.