Thierrie Magno

@psi.thierriemagno
Eternos são os laços que criamos n'alma
About Me
Amante da Literatura, caminho pela Psicanálise, pela Psicologia e pelo Amor.

segunda-feira, 22 de julho de 2013








"Depois que as lágrimas secam. Depois que o soluço  se torna o silêncio. Depois que todos vão-se embora. Só resta a resignação. Só resta ficar calado, ouvindo aos próprios pensamentos mudos.
Só resta misturar as imagens do que aconteceu com o que nós queríamos que tivesse acontecido.
Não há solução. A morte é o ponto final" - Alguém chorando.


Embora eu seja sempre otimista - Obrigado, Wall Liquer, por me ajudar a desenvolver este meu lado, mais e mais - é difícil confortar as pessoas quando elas passam por essa situação na vida. Ela é típica, mas muito, muito complexa, pois envolve diferentes sentimentos e comportamentos. Para alguns poucos, que já carregam no coração uma bravura e um resignação consolidados, é mais fácil, mais tranquilo de se lidar. Para outros, nem tanto.

Dizer aos outros como eles devem se sentir é algo que vai da "boa intenção de ajudar" à "falta de empatia". E por isso deve ser feito com muita cautela e com muito respeito. Deve se levar em conto o que aconteceu, se já era esperado ou foi de repente, entre outras importantes informações.

Deve-se pisar (como diz o ditado popular) em ovos. Saber o que aquela pessoa que está sofrendo diz e quer dizer. Não dê ouvidos só às palavras, pois o ser humano é amplo. Tente ver pela comunicação não verbal, isto é, pelos olhares, se está comendo ou não -  e quanto e quando come. Espere a pessoa se comunicar - porque em determinado momento, ela vai -  e a ouça com bastante atenção.

Se não houver esta tentativa de comunicação - principalmente se for um caso de consolação de crianças - uma outra pessoa deve ser chamada ( o psicólogo, o líder religioso da sua congregação, etc.) para que esta pessoa perceba que tem apoio e pode recorrer quando precisar.

Seja firme para que a pessoa crie forças para se levantar, porém seja infinitamente complacente e amável. Amor e educação nunca são demais. Conforta é muito mais que dizer "Vai dar tudo certo", "Foi melhor assim"; consolar e dar a certeza de um amanhã ensolarado depois de uma noite chuvosa.

A morte, independente de sua visão religiosa, deve ser abordada com  momento de apego apenas às coisas boas, aos momentos felizes e inesquecíveis com a pessoa falecida. Lembremo-nos das maravilhas de ter vivido com as pessoas que continuamos amando e que vivem , de uma certa forma, em nossos corações.
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terça-feira, 9 de julho de 2013

 



Não sou funkeiro, porém não detesto funk...

Mas estou vendo alguns comentários no face que estão me deixando extremamente intrigado pelo seu teor desumano. MC Daleste morreu durante um show, assassinado com um tiro e vejo comentários mais ou menos assim: "Menos um funkeiro falando bosta", "Menos um pra tocar e encher o saco". O mais engraçado é que esses mesmos que escrevem isso, a uma semana atrás estavam posando de revolucionários que lutam por menos impostos e mais investimento em SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA...
A partir do momento que se trata da morte de um menino de 20 anos com indiferença, não temos o direito de fazer reivindicações e muito menos de nos mostrarmos revolucionários, pois agindo assim você se torna tão assassino quanto quem puxa o gatilho. Então, seus infantis idiotas, antes de postar alguma coisa ofensiva, pare e pense: não foi o MC Daleste que morreu, e sim um menino que só tinha 20 anos e ganhava a vida assim, fazendo o que realmente gostava.
Meus pêsames ao Brasil que mais uma vez perdeu um de seus filhos tragicamente, e mais tragicamente ainda isso é tratado com intolerância, arrogância e indiferença.