"All This And Heaven Too" ou "Shake it off"

"And I would give all this and heaven too,

I would give it all if only for a moment,

That I could just understand the meaning of the word you see,

'Cause I've been scrawling it forever,

But it never makes sense to me at all" - Florence + The Machine (All This And Heaven Too)

É o fim, não porque eu realmente queira que seja, mas é porque precisa ser. O movimento não pode ser interrompido, ele é constante e progressista, qualquer pausa é apenas uma ilusão para dar-nos fôlego suficiente para irmos avante, uma vez que o avante é aglutinado ao infinito. Entenderei que só era uma experiência, uma boa experiência que serviu para ser a diferença em suas vidas e vice-versa. Daria ttudo e mais um pouco por um momento mais longo, um adeus mais demorado, todavia, me é vetado por ser isso tão 'upcoming'.  Eu vou me libertar dessa sensação de perda quando puder eu ver com esses olhinhos, que O Cara-lá-de-cima me deu, que minhas borboletas voltaram para o meu jardim. Quando eu puder ver suas cores refletindo os mais variados espectros do arco-iris, ali sim, será o momento de conforto. Até então sigo, sempre com o rosto para trás para poder vê-las, pelo menos, ao longe.....

"Regrets collected like old friends

Here to relive your darkest moments

I can see no light, I can see no light

And all of the ghouls come out to play

And every demon wants his pound of flesh

But I like to keep some things to myself

I like to keep my issues drawn

It's always darkest before the dawn" - Florence + The Machine (Shake it off)

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"Manos al aire" ou "Vinho"

"Tú no me quieres entender
Y me mandas a callar diciéndome
No me debo sorprender
Porque así es la realidad
De nuestro amor y yo

No tengo armas para enfrentarte
Pongo mis manos, manos al aire
Sólo me importa amarte
En cuerpo y alma como era ayer" -  Nelly Furtado (Manos al aire)

Estava bêbado. Sentia o vinho em minha boca - 4litros são 4litros, meu amor - e só queria senti-lo mais e mais. Sheilinha bebia do combo Vodka+Redbull+Fanta Laranja  por horas e litros a fio ; e nada sentia; nem sequer uma tonterazinha enquanto o meu mundo dava voltas... e aproveitando dessas voltas, saí para dar a minha voltinha no bairro VI e encontrei o de sempre: NADA!  Continuei a andar sem rumo quando lembrei-me dela. Quanto tempo não a via e decidi-me por ir à sua casa. Estava com a luz da Sala acessa. No primeiro grito, logo me Atendeu. Era a Argentina ou Martinez, para os íntimos. Chamou-me para dentro e entrei cambaleante ao passo que deslumbrava-me com seu sorriso ambíguo. Sabia ela que eu me encontrara embebedado. Simplesmente sorrimo-nos cordial e reciprocamente. Começamos nossas perguntas convencionalmente naturais: "Como vai você? eu tô bem, e você não vai sair e, blábláblá..." Ficamos alguns minutos a conversar até que ela me convidou para assistir 'um filminho' que eu neguei já que teria outros compromissos - minha memória não se abala com  o alcool, né? -fiquei a pensar...  Era de me/nos admirar(mos), pois se fosse há alguns anos atrás em menos de 5min já estariamos a nos atacar e xingar, mas ali, éramos só sorrisos. Nossa maturidade muda tudo. Como nós vemos o outro. Como vemos a nós mesmos. Como vemos a nós com o outro. Era delicioso ver que a nossa sombra era dominada pelo controle, pela maturação ontológica de cada um. Tomei um pouco de café e me fui. Porém, ainda, me restou aquele sabor que me vinha a boca, mas já não era vinho, era saudade..."

"Quero do vinho a doçura da sua boca a ternura
Vem me beijar.
Do sentimento quero tudo,

 quero me sentir seguro desse amor,
Quero fazer amor mais louco,

 sem deixar nem mesmo um pouco pra depois.

Me fale bem baixinho, me beije devagar. 

Me dá todo carinho até me sufocar... com seu amor" - Frank e Ferrari (Vinho)

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